quarta-feira, 11 de setembro de 2013

"Tenho dois papais" & "Caminha"



Tenho Dois Papais – Editorial Infantil sobre Homoparentalidade, por Bela Bordeaux
Partindo da idéia do design como ferramenta de mudanças, o projeto Tenho Dois Papais pretende criar uma sociedade que entenda que: Pessoas + Amor = Família. A palestra pretende mostrar o processo de criação do livro infantil para o trabalho de conclusão de curso, e o rumo transmidiático que o projeto está assumindo com o seu estudo e divulgação.
Bela Bordeaux é formada em Design Gráfico pela Universidade do Estado de Minas Gerais, trabalha com Design Editorial na AD2 Editora e possui projetos paralelos de design voltados para o público infantil.

Contatos:

Bibliografia sugerida:

  • HELLER, Steven; GUARNICCIA, Steven. Designing for Children. New York: Watson-Guptill, 1994.
  • LINS, Guto. Livro Infantil: Projeto gráfico, Metodologia, Subjetividade. Segunda Edição, Rosari, 2004.
  • CROTTI, Evi; MAGNI, Alberto. Garatujas: Rabiscos e desenhos. A linguagem secreta das crianças. Editora Isis, 2011.
  • Sobre homoparentalidade: 
  • ZAMBRANO, Elizabeth. Parentalidades “impensáveis”: pais/mães homossexuais, travestis e transexuais. Universidade Federal do Rio Grande do Sul – Brasil, 2003.
  • MELLO, Luiz. Novas Famílias: Conjugalidade homossexual no Brasil Contemporâneo, Editora Garamond, 2005.

Caminha:1 - Tipografia e descobrimento, por Lucas Oriel
Caminha é uma fonte tipográfica display inspirada na caligrafia da Carta ao Rei D. Manuel, escrita por Pero Vaz de Caminha em 1500, na ocasião do descobrimento do Brasil. A proposta, desenvolvida como projeto de conclusão de curso, inclui cruzar suas características formais a um estudo de particularidades tipográficas e históricas, englobando conceitualmente alguns pontos relevantes: forma (o desenho das letras), sua função comunicativa e a relação design/cultura via elementos de grande importância ao senso comum nacional.
Lucas Oriel é designer gráfico formado pela UEMG. Ele tem foco de trabalho comercial em design de embalagens, com interesses e incursões casuais na área de tipografia.

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Bibliografia sugerida:
  • AGUILAR, Nelson (Org.). Mostra do Redescobrimento: Carta de Pero Vaz de Caminha. São Paulo: Fundação Bienal de São Paulo, 2000.
  • BRINGHURST, Robert. Elementos do estilo tipográfico. São Paulo: Cosac Naify, 2005. Trad. André Stolarsky.
  • BURATTO, Sergio. Paleografia Portuguesa. disponível em . Acesso em 2 setembro de 2013.
  • ROCHA, C. S.; CARVALHO, S. R. L. Desenvolvimento tecnológico na tipografia. In: 3º Congresso Internacional de Pesquisa em Design, 2005, Rio de Janeiro. Anais do 3º Congresso Internacional de Pesquisa em Design. Rio de Janeiro: 3º Congresso Internacional de Pesquisa em Design, 2005. v. 01.
  • GAUDÊNCIO JUNIOR, Norberto. A Herança Escultórica da Tipografia. São Paulo, Edições Rosari, 2004.
  • LASSALA, Gustavo. [Tipografia] Método. Lista de Tipografia e Caligrafia. Mensagem disponível em . Acesso em 29 abr. 2009.
  • LEÃO, Francisco G. Cunha. Da letra de mão à letra de forma: percursos da caligrafia nas artes e nas técnicas. Disponível em . Acesso em 2 setembro de 2013.
  • LOPES, Fábio Pinto. O Processo de Construção das Fontes Digitais de Simulação Caligráfica. 2009, 171f., Dissertação (Mestrado em design), Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2009.
  • MESEGUER, Laura. The design of Rumba: concept and process. 2004.  Monografia (Programa de pós-graduação em Type and Media) – Royal Academy of Art, Haia, 2004.
  • ROCHA, Cláudio. Projeto Tipográfico. Análise e produção de fontes digitais. 2ª ed. São Paulo: Rosari, 2002.
  • SOUZA, Nazarete. Estudo de Alguns Aspectos da Ortografia da Carta de Pero Vaz de Caminha. 2003, 125f, Dissertação (Mestrado em lingüística), Instituto de Estudos da Linguagem, UNICAMP, Campinas, 2003.
  • VASSILIOU, Panos. The Making of Champion Script Pro. Disponível em: . Acesso em 2 setembro de 2013.

4 comentários:

Unknown disse...

No projeto Tipografia/Descobrimento, com base na Carta de Caminha, Lucas compartilhou sua experiência sobre como foi o desenvolvimento do projeto. O resultado refletiu um projeto embasado em um bom conceito, pesquisa e metodologia. Chamou bastante atenção a questão de linearidade no processo. Quando vemos as telas da apresentação e ouvimos seu depoimento, podemos perceber que por mais que as etapas sejam projetadas buscando essa linearidade, nem tudo sai como o planejado. Durante a evolução imprevistos podem impactar no cronograma.
O livro infantil Tenho Dois Papais apresentou um projeto gráfico onde se buscou um equilíbrio entre os limites para a criança e a afetividade, ambos necessários na educação familiar, que foram demonstrados pela paleta de cores e escolha da tipografia. Gostei muito da solução para a ilustração ter sido pensada a partir da pesquisa de desenhos produzidos por crianças.
Nos dois projetos apresentados foi muito interessante o fator motivação pessoal como elemento que impulsiona e torna gratificante a realização do projeto.

Fernanda Campos disse...

Durante a palestra da última semana tivemos contato com os resultados de projetos desenvolvidos por dois estudantes oriundos da Escola de Design. Foram apontadas algumas dificuldades e também ganhos percebidos durante a realização de TCCs e explicadas as pesquisa exploratórias, buscando pontos de partida e indagações para um melhor entendimento do papel da fundamentação teórica no desenvolvimento dos trabalhos.

O trabalho de Lucas Oriel, que consiste em uma fonte desenvolvida através da análise da caligrafia de Pero Vaz de Caminha, mostra o papel da fundamentação teórica, através da paleografia e historiografia, neste caso, para o desenvolvimento deste projeto.

Já o trabalho de Bela Bordeaux vimos um livro infantil que retrata a homoparentalidade.
Um projeto gráfico simples e eficiente que tem como base para suas ilustrações desenhos infantis. Neste projeto percebemos como a motivação pessoal podefazer com que o projeto seja levado a diante após a conclusão do trabalho.

Ambos projetos e processos foram esclarecedores em relação aos processos utilizados no desenvolvimento de áreas distintas, sanando algumas dúvidas dos alunos em como proceder diante de alguns desafios impostos pelo tempo, tema e até pelos orientadores.

Priscila Sasaki disse...

Ter uma palestra com exemplares de trabalhos finais de graduação foi de suma importância para nós que estamos no último período do curso. Poder ver de perto os anseios, dúvidas, erros e sucessos que permearam esses projetos foi uma chance para ficarmos mais atentos com os nossos próprios.

Através do livro e da fala da Bela Bordeaux foi possível perceber o quanto um projeto final pode ir além das paredes da instituição de ensino. Para isso, como a própria palestrante mencionou, é preciso que o autor se apaixone por aquilo, possibilitando uma imersão e total entrega a esse momento decisivo, no qual um pé está na faculdade e o outro no mercado. Seu projeto editorial voltado para o mundo infantil foi um ótimo exemplo de como realmente aproveitar a chance que a Escola proporciona aos seus alunos de projetar a partir de uma demanda pessoal.

O projeto de cunho tipográfico do Lucas Oriel foi um exemplar de como a metodologia do design funciona no desenvolvimento do trabalho final, pois somente com muita pesquisa foi possível perceber o caminho que seria traçado, mesmo que este se distanciasse do qual o autor havia planejado inicialmente. Um ponto muito relevante que foi levantado durante a palestra foi a abordagem na apresentação que, diferente do que se cultiva no consciente coletivo, não necessita ser completamente formal e/ou sisuda, haja visto que por vezes, essa forma não seja condizente com o perfil do próprio autor e do projeto em si.

A apresentação de ambos os projetos permitiu um olhar mais de perto de como aplicar no projeto final o conhecimento adquirido ao longo do curso, de saber lidar com imprevistos e dificuldades durante o desenvolvimento e de expandir o projeto para além da atmosfera acadêmica.

Unknown disse...

Nesta aula tivemos a oportunidade de conhecer dois projetos de graduação muito bem executados pelos alunos Bela Bordeaux e Lucas Oriel, dois temas muito distintos e que permitiu aos alunos entenderem a relevância do projeto final.
Foram discutidos assuntos desde a escolha do tema, até a metodologia do projeto e entrega final, proporcionando aos graduandos uma visão diferente do processo. É interessante perceber como o desdobramento dos projetos é diferente, sendo que algumas vezes a base teórica é de extrema importância e em outros a prática se revela mais necessária. Ainda foi possível debater assuntos como os problemas que apareceram ao longo dos trabalhos e como foram superados.
É muito gratificante perceber que trabalhos finais bem feitos podem render frutos no futuro, além de ser uma maneira de incentivar os alunos a planejar melhor o caminho a seguir.

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