segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Criatividade, Psicologia e Design



"Criatividade, Psicologia e Design", mostra a evolução dos estudos da criatividade na área da psicologia e cria link com o fazer profissional do Designer. O objetivo principal da palestra é entender a importância do fazer criativo em parâmetros sociais e instigar uma visão mais critica do processo criativo, inerente à profissão do designer.

Hugo Goulart de Lucena, formado em Design Gráfico pela UEMG, sócio da BEBOP STUDIO.                                                     
Contato: hugoglucena@gmail.com











Referências:

CSIKSZENTMIHAYI, M. Creativity: Flow and the Psychology of Discovery and Invention. Nova York: Harper Coling Publusher, 1996. 
AMABILE, T. M. Creativity in Context: Uptade to Social Pscychology of Creativity. Boulder: Westviewpress, 1996.
JOHNSON, S. Where good ideas coem from: The natural history of innovation. New York: Riverhead Books, 2010

KAUFMAN et. al. The Neurobiological Foundation of Creative Cognition: A Historical View. Em The Cambridge Handbook of Creativity, Nova York: Cambridge University Press, 2010, p216-233.


8 comentários:

Ricardo disse...

O que é criatividade? Como ela surgiu? Qual a sua importância na sociedade e no design? Esses foram algumas perguntas geradas e mostradas na palestra de Hugo Goulart de Lucena.

Inicialmente ele situa brevemente a criatividade falando dos Homo Habilis e a criação da pedra lascada, depois da Grécia, Roma e Idade Média com o místico, musas e divindade. No século XVIII a criatividade está muito ligada a genialidade, mas mostra também que ela está presente em todas as pessoas.

Mais no meio da palestra ele mostra esse processo de criatividade com embasamento teóricos como Joy Paul que refere-se ao processo criativo; Myhaly Csikszentmihalyi que fala do estado flow (um estado de nirvana na criatividade); Richard Dawkis que diz que ser criativo é colocar um “meme” a mais na sociedade; Teresa Amabile que mostra a relação entre motivação e criatividade; entre outros.

No final o palestrante mostra a importância do processo criativo no design se referindo a um escritor norte-americano Steve Johnson que fala do foco na criatividade, das críticas construtivas que temos que receber pois sempre precisamos ter um feedback e dessa tendência colaborativa que permite a mistura de pensamentos e gera novas idéias.

A palestra de Hugo traz então essa curiosidade sobre o processo de criatividade, mostrando pensadores importantes e com isso, fazendo que interessados no assunto possam se aprofundar mais pesquisando tal pensadores.

Ricardo de Lacerda Lobato | DG | Manhã

Tuia disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Tuia disse...

A criatividade é um aspecto subjetivo: há autores que afirmam que é uma característica apenas humana, surgida com o homo habilis, mas há também animais que desenvolvem ferramentas e comportamentos "criativos". Outros afirmam que todas as pessoas são criativas, enquanto no século XVIII estava relacionada a genialidade.

O palestrante apresentou elementos que influenciam na criatividade, bem como características que nos motivam na criação. Fatores intrínsecos, isto é, motivações pessoais, tendem a gerar boas idéias, enquanto fatores extrínsecos, como necessidade e busca de reconhecimento, tendem a desmotivar as pessoas, como apresentado em estudos feitos com grupos.

Outro aspecto importante é o estado de fluxo, ou "flow", desenvolvido por Csikszentmihayi. O autor desenvolveu o conceito da psicologia baseado em pesquisas sobre a felicidade, e descobriu que quando a dificuldade da tarefa a ser realizada está em equilíbrio com o preparo de quem irá realizada, é possível entrar em fluxo, o que transmite o "êxtase" da felicidade. Há ainda outros fatores que se somam para gerar o fluxo, como o feedback, resultando na experiência que nos "desliga" do resto do mundo e gera idéias criativas.

Críticas negativas no início do projeto tendem a atrapalhar o processo criativo, enquanto o feedback, independente se positivo ou negativo, é crucial para poder se guiar. Enquanto designers, é importante tomarmos conhecimento do próprio processo criativo para que possamos gerar melhorias e inovações através de nossos produtos.

Para acrescentar, segue link para um vídeo da RSA sobre a pesquisa do autor citado pelo palestrante, Steve Johnson. http://www.youtube.com/watch?v=ICxBDZDQ7LQ

Nathália Xavier - 8 DG manha

Luís Matuto disse...

Em sua palestra Hugo discorre sobre a criatividade, as origens do pensamento sobre ela desde o mundo grego até a teóricos mais contemporâneos. Foi discutido os fatores que influenciam no processo criativo, intrínsecos e extrínsecos e a relação do designer com eles, tendo em vista o processo de criação do profissional que geralmente atende por demanda.
Além da explicação dos fluxogramas do processo criativo referente aos teóricos abordados, feedbacks, estado de flow (nirvana criativo devido à concentração), , outra abordagem interessante foi a de que cada vez menos existem gênios e a tendência é de pessoas comuns gerindo ideias ao longo do tempo e a influência do meio sobre o amadurecimento e gestação delas. Isso vai de acordo com as novas teorias sobre processo colaborativo e remix que explicam parte do comportamento da criatividade no contemporâneo e da apropriação e aprimoramento das idéias com o tempo e fluxo. Em um mundo tão conectado na web isso faz muito sentido.
Como foi dito, ser criativo é colocar um meme (unidade mínima da cultura) a mais na sociedade, e de certo modo é algo a ser refletido para o designer, pensando em sua relação de função de comunicação com o publico.

Luís Fernando Tavares - DG 8 manhã

Anônimo disse...

A linha de raciocínio que levou Hugo a fazer a monografia como TCC foi o que realmente me interessou a princípio, e o decorrer da apresentação mais ainda.
A busca da definição de criatividade, vista por diversas perspectivas históricas é por si só intrigante, em determinado momento a mesma é até sinônimo de genialidade. Mas é a partir de estudos científicos sobre o tema, que a criatividade é entendida como uma característica humana, e que todos nós somos criativos, para alguns autores é claro.
Ao falar sobre o processo criativo, e fazendo essa ponte com a área do design, uma parte que me chamou atenção foi sobre o Estado de "Flow", um estado de concentração extremo, que é decupado, e apresentado em um fluxograma de como este estado pode ser atingido.
Já a teoria derivada do bíologo sobre o "Meme", ressalta o papel do designer como gerador de "conteúdo". O que estamos inserindo na Cultura?! Esse "Meme" é interessante?! Novo? Essa consideração é muito importante sobre o trabalho do designer, é significativo o que estamos desenvolvendo, e "devolvendo" para a sociedade?!
Mas o "Slow Hunch", foi a teoria que me soou mais interessante. O processo criativo então é entendido como algo devagar, e muitas vezes derivado de várias pequenas idéias. Entendê-lo assim, desmistifica aquele momento "Eureka", e nós mostra a importância de um ambiente coletivo e criativo, de conexões, ou como o autor Steve B. Johnson diz, a inteligência coletiva. A relação desse processo criativo, com a tão aclamada transdisciplinariedade do design não podia ser mais perfeita. Enfim para uma palestra tão rápida sobre o tema, achei super válido, interessante e até instigante.

Adler de Castro Andrade - DG 8 Manhã

Laira disse...

A palestra “Criatividade, Psicologia e Design” abordou um tema bastante importante no mundo do Design, a criatividade. Dos estudiosos que foram apresentados, uma me chamou bastante atenção, Teresa Amabile. Para Amabile, há três componentes para a criatividade: expertise (ter capacidade em uma área), capacidade criativa e motivação. Componentes que são inatos, mas que também é capaz de se aprender.
O foco na palestra de Hugo Goulart foi a motivação, a motivação intrínseca dos indivíduos, no qual o prazer e o interesse de se executar seu trabalho mantêm as pessoas mais criativas. Apesar de haver esse interesse nato, os aspectos externos também influenciam a motivação interna e é interessante para nós, designers, ser capaz de construir um ambiente de trabalho adequado para a manutenção da criatividade. A pressão do tempo, o constrangimento, a competição são vistos como aspectos negativos; a liberdade, o reconhecimento, o encorajamento, como positivos. Aqui, estes termos são apenas citados, mas Amabile os leva a situações do dia-a-dia no qual nem sempre enxergamos as consequências que algumas pequenas ações podem causar na motivação do ser humano. Deveríamos tomar consciência do processo criativo para melhor nos ajudarmos e ajudar (e não atrapalhar) os criativos ao nosso redor.

Laira Ávila - DG 8º período - noite

Brunna Lage disse...

O palestrante Hugo apresentou seu trabalho de conclusão de curso, cujo tema era processo criativo. Consciente da importância da criatividade para a profissão de designer associada à vontade de realizar um projeto de pesquisa optou por produzir uma monografia, analisando a criatividade desde os primórdios da humanidade até os dias atuais e seus desdobramentos.
Uma das questões de seu trabalho foi tentar descobrir o porquê do ser humano ser considerado criativo. Comparou o homo habilis e a pedra lascada com o corvo e o arame, e passou a buscar o que os diferenciava. Ao longo da pesquisa demonstrou que a criatividade passou pelo misticismo, pela hereditariedade, divindade e genialidade. Até chegar ao autor Mihaly Csikszentmihalyi, que em sua teoria sugeria que a diferença estava na cultura.
Hugo discursou com bastante propriedade sobre a teoria do autor, mencionando a tríade que envolve o sistema cultural, social e a genética. Também comentou assuntos como memes e o mito da criatividade estar no lado direito do cérebro. Ainda, apresentou modelos de processos, como o Modelo Componencial de Teresa Amabile e falou intensamente sobre motivação e sua relação com a criatividade.
A palestra além de interessante agregou bastante, principalmente por se tratar de algo tão prático do nosso dia-a-dia, de uma forma teórica. Parabenizo o Hugo, pela iniciativa de produzir um trabalho de monografia, pela propriedade que adquiriu sobre o tema, e principalmente por compartilhar as informações e experiências de forma dinâmica, clara e até mesmo motivadora.

Brunna Lage - Design Gráfico - 8º/Noite

Morici disse...

A criatividade é tema pouco estudado pela ciência ao longo da história, em especial se levarmos em conta o volume de produção acadêmica em função da notável relevância do tema. Como assunto pouco explorado, nota-se que o conhecimento até mesmo de profissionais que trabalham em atividades essencialmente criativas é tomado pelo senso comum e pela difusão de mitos que contam com pouco apuro científico. A palestra de Hugo Lucena, baseada em sua monografia, destaca-se, dentre outros motivos, pelo desafio a uma série de premissas falsas acerca da criatividade.
Das diversas questões apresentadas, merece atenção a importância da conexão de ideias entre indivíduos para a criação de ambientes criativos e inovadores. Steven Johnson ataca a concepção da ideia como um raio, uma epifania, o momento em que o homem solitário vê uma lâmpada se acender. Boas ideias geralmente são incubadas, se desenvolvem ao longo de muito tempo. E o diálogo é vital. Conversar, compartilhar experiências e erros ajudam na construção de ambientes criativos. No mesmo sentido, Myhaly Csikszentmihalyi aponta para a importância de críticas construtivas e de feedbacks instantâneos. Conectar pode ser melhor que proteger o que é desenvolvido. A troca de pensamentos é capaz de, assim, permitir a colisão de pequenas ideias para que se tornem algo maior que a sua mera soma.

Luís Morici – DG 8º Período - noite

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