
Nunca se ouviu tanto falar sobre Design thinking como atualmente. Mas, afinal, o que isso significa? Steve Jobs, em uma de suas famosas apresentações, disse que “Design não é somente o que se vê ou o que se sente. Design é como funciona”. O Design tem sido reconhecido como uma ferramenta para solucionar problemas e, nos últimos anos, sua aplicação tem se estendido até o ramo dos negócios. Se o interesse é a inovação, o primeiro passo é ter um pensamento inovador. Essa é a forma de pensar da empresa norte-americana IDEO, que desenvolve inovações com base no pensamento de designers. Tim Brown, fundador da IDEO, deixa bem clara a diferença: design thinking é um negócio baseado na prototipagem, uma vez que você não desiste de uma ideia promissora, você a constrói. No entanto, para Roger Martin, professor na Rotman School of Management e estudioso sobre o tema, design thinking é dar forma a um contexto em vez de tomá-lo como ele é. Ou seja, o conceito lida principalmente com o que ainda não existe.
Luiz Alt, um dos idealizadores do curso de Design Thinking no Brasil, em uma matéria de divulgação sobre o curso disse “O Design de Serviços surgiu da lógica de que, se as ferramentas de design funcionam tão extraordinariamente para criar produtos inovadores e diferenciados, também podem ser aplicadas à criação de serviços”. O engenheiro de produção e designer conta que, durante 2009, sua empresa desenvolveu vários projetos baseados na metodologia do Design Thinking. Um exemplo foi um projeto para um restaurante em Vitória/ES, onde todos os aspectos de serviço foram definidos antes de existir. As sócias do estabelecimento foram totalmente envolvidas no processo de criação e, no final, foi elaborado um guia que tem sido utilizado para transmitir os conceitos definidos a todos os profissionais que participarão da implementação do restaurante, de arquitetos e designers que projetarão o espaço à chefs e garçons que trabalharão no local, para que eles entendam a visão das proprietárias.
Outro caso que tem sido bastante estudado é o caso do Mc Donald’s. A empresa ainda é reconhecida como a maior rede mundial de fast food e, na condição de fenômeno de mercado, sua história e desempenho foram examinados a partir de vários ângulos e abordagens. Porém alguns fatores foram levados em consideração. Desde o fim de 2002 o atual modelo de fast food está esgotado e na mesma época, o crescimento da rede mostrou-se estagnado. Com a concorrência aumentando e cada vez mais agressiva alguma estratégia deveria ser desenvolvida devido à atitude antiobesidade que tem se traduzido em uma crescente procura por alimentos com menos carboidratos e mais vegetais, em especial saladas, frutas e outros de baixo teor calórico. Ou seja, até mesmo a maior rede mundial de fast food teria que se adaptar ao mercado. O que foi feito? Novos cardápios mais saudáveis, nova imagem da marca, de suas lojas e um investimento alto em uma nova cara para o marketing e publicidade da empresa. Resultado: A empresa volta a crescer e aumenta o número de vendas.
Para concluir, o design thinking foca no desenvolvimento de soluções impecáveis esteticamente e com novas funcionalidades, criando novas experiências, valor e, principalmente, significado para os consumidores. Para isso, é de fundamental importância que a organização inicie o processo de inovação com o foco no consumidor, obtendo as suas impressões sobre produtos, serviços e processos, decifrando as suas ambições em novas soluções.
Referências:
http://www.revistabsp.com.br/edicao-marco-2011/2011/03/01/o-caso-mcdonald%E2%80%99s-e-a-importancia-do-design-thinking/ (Estudo de Caso do McDonald’s)
http://biblioteca.terraforum.com.br/Paginas/designthinking.aspx (Conceito de Design Thinking)
http://logobr.org/design-estrategico/design-thinking-o-que-e/ (Entrevista com Luiz Alt)
Autor: Guilherme Fares
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