quinta-feira, 26 de setembro de 2013

"Design o quê?", por Pedro Nascimento


A palestra do dia 25/09 foi ministrada pelo designer de produto e professor de Prática Projetual do cusro de Design de Produto Pedro Nascimento. O encontro foi iniciado com uma frase de Victor Papanek: “A única importância, no design, é a sua relação com as pessoas.”, depois da qual Pedro enfocou os seguintes pontos: design é um processo; método como guia, não como regra; modus operandi traçado pelo contexto; bom resultado é coerência; e oferta de um benefício. Em seguida, o palestrante abordou algumas questões relacionadas à atribuição de valor (simbólico, funcional, estético, etc.) aos produtos, antes de encerrar propondo algumas reflexões relacionadas à extensa quantidade de termos e designações (como design thinking, service design, food design, fun design, hair design, etc.) que extrapolam o campo da prática projetual e alcançam o mercado como estratégia de diferenciação.

Contato: phpnascimento@gmail.com

4 comentários:

Erick Breder disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Erick Breder disse...

Dentre os pontos abordados pela Palestra "Design O quê?" de Pedro Nascimento, o que julgo mais importante e que deveria estimular uma reflexão por parte de todos os designers, é o design como processo. Digo isso, pois é um ponto que permeia toda a profissão, e que deve ser muito bem compreendido pelo designer no exercício de suas atividades. É importante também, pois uma vez conhecido e compreendido (pelo designer e também pelas demais pessoas), supera o mero entendimento do design como estética, o que resulta numa maior valorização tanto do designer, como do design de uma forma geral.

Entre outras questões, porque colabora com o entendimento e direciona todos os demais pontos levantados por Pedro Nascimento em sua palestra, fazendo com que usemos métodos como guia no processo de design, que pensemos no contexto de cada projeto, nos resultados que podem ser alcançados e nos valores que podemos agregar aos mesmos.

E por fim, porque com o entendimento do design como processo, compreendemos que o “pensar design”, que foi popularizado com o termo Design Thinking, é algo inerente a todo designer, que pode transitar por todas as áreas da profissão e até mesmo em outras áreas. Sendo assim, demais termos como service design, food design, etc, nada mais são que estratégias para diferenciar algumas das atividades possíveis a partir do processo e do método do design.

Erick Breder Rodrigues - Design Gráfico - Noite

Ana Laura Batista disse...

Considerei de grande valia as informações fornecidas pelo Pedro, que nos deu uma interessantíssima palestra contando, de modo descomplicado e informal, suas observações sobre o que é design e qual o efeito dele na vida das pessoas, além de desmistificar vários conceitos. Segundo Pedro, o uso de jargões se torna inadequado a partir do momento em que são utilizados apenas para ‘falar bonito’ ou impressionar pessoas, que sequer entenderão o que significa aquele termo. O designer precisa passar mensagens claras, informar, e não confundir seu ouvinte com estrangeirismos e termos técnicos. Não que esses termos não sejam importantes nem devam ser utilizados, mas devem ser utilizados na situação adequada. Também foi abordada na palestra a questão do valor agregado, que não segue uma estrutura linear. Maior valor não quer dizer mais trabalho, mais projeto. Maior valor pode simplesmente significar maior status. Muitas vezes paga-se pela marca, pela assinatura, e não pela quantidade de trabalho envolvida naquele projeto. Usou como exemplo uma cadeira dos Irmãos Campana, de valor altíssimo, e uma cadeira plástica de bar de baixo custo. A primeira foi concebida apenas para passar uma mensagem, se aproximando do objeto artístico, enquanto a segunda teve que ser projetada levando em consideração a resistência ao peso, ás intempéries, a forma de armazenamento, a praticidade na hora da limpeza, dentre vários outros fatores. Apesar de ter um custo muito menor, a simples cadeira plástica de bar exigiu um projeto muito mais complexo. Outra reflexão muito interessante da palestra, a meu ver a mais importante de todas, foi o fato de que o designer acredita que, com pesquisas e um projeto bem desenvolvido ele obterá sucesso total. Mesmo que sejam estudadas muitas variáveis, o gosto do público alvo, o mercado e inúmeros fatores, cada pessoa tem uma reação determinada por sua experiência pessoal. Uma coisa que é extremamente boa e agradável para muitas pessoas pode ser detestável para algumas. Pode remeter a uma situação triste, ou alguma experiência ruim vivida. O design tem que ser focado nas pessoas, mas precisamos nos lembrar que ele não é absoluto. Mesmo o melhor projeto pode ter falhas, e a experiência do usuário pode não ser aquela esperada pelo designer.
Ana Laura de Pinho Batista - DGM8

hebert disse...

A palestra começou bem interessante, o palestrante Pedro Nascimento, trouxe à tona alguns pontos comportamentais muito recorrentes entre os designers, alguns positivos e outros negativos, mas acima de tudo, pontos que já passavam da hora de serem discutidos entre nós.

De início, abordou o exagero no que se refere às expressões criadas para designar questões simples e corriqueiras, e que de certa forma, mais atrapalham do que informam. È bom lembrar que foi levantado o argumento de que em muitos casos, estes termos são apropriados para separar áreas específicas, pois existem várias áreas que se permeiam e se confundem dentro do design.

Outro ponto destacado foi o design emocional, achei bem interessante a visão do palestrante sobre o assunto, pois fez muito sentido a reflexão exposta, falando que a emoção vivida com determinado produto ou serviço, além de ser muito individual, tem variáveis como: humor, contexto, experiências anteriores, etc. E que de certa maneira não são previsíveis durante o processo de desenvolvimento do projeto. Ressaltando que o palestrante não julgou errado pensar o design emocional, e sim, a forma como esse termo é usado para vender ou validar o projeto.

Com uma visão mais pessoal, acredito que ele expos a figura do “designer moderno” como o foco da problemática, não os termos usados por eles. Estas questões já borbulhavam em conversas com outros designers, e refletindo sobre o assunto, vejo que uma mudança de postura dos representantes e futuros representantes do design, resolveria boa parte das questões levantadas na palestra.

Hebert Daniel Chaves - DGM - 8° período

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