
A palestra “The Brand Gap” trata da desmistificação entre a estratégia de negócios e o design, buscando demonstrar a importância destes dois mundos trabalharam juntos.
Palestrante:
Luiz Gustavo Linhares, publicitário, MBA em marketing pelo IBMEC. Diretor de planejamento e branding da Torchetti.
Contato: luiz.linhares@torchetti.com.br
Bibliografia:
Emotional Branding - Marc Gobé
The 22 Immutable Laws of Branding – HarperCollins
Building Strong Brands – Aaker
Marca corporativa – Levi Carneiro
Marketing 3.0 - As Forças que Estão Definindo o Novo Marketing Centrado no Ser Humano – Philip Kotler
A apresentação é uma adaptação autorizada por MARTY NEIMEIER presidente da NEUTRON LLC • NYC.
3 comentários:
De uma maneira bem humorada, a palestra de Luis Gustavo Linhares, “The Brand Gap”, nos deu uma perspectiva diferente do que vem a ser o branding, melhor traduzindo, a Marca.
Embora este seja um termo comum aos designers, percebi que meu conceito de ‘Marca’ é um tanto limitado quanto ao que ele se refere. No geral, achamos que ‘marca’ se restringe a um aspecto da identidade visual comumente designada como ‘logomarca’ e outras variações desta, mas está muito além.
A partir desta palestra descobri que ‘marca’ não se refere apenas à identidade de um produto (negócio, empresa, etc.), mas a uma percepção e experiência de um público (consumidor, cliente, etc.), e é definida por este, ás vezes de maneira independente do que seu detentor pretende definir. Acredito que este conhecimento é importante para o designer no momento em que este se propõe a trabalhar na identidade de um cliente. É importante para que este coloque seus pés no chão e perceba que não será o seu trabalho que irá definir como o cliente será percebido pelo público, que esta percepção será construída de maneira própria. Seu trabalho poderá confirmar ou se chocar com esta percepção.
Para mim, uma importante lição que fica é que não há ciência exata em se definir se uma marca irá ter sucesso ou fracassar; e o trabalho do designer, embora importante para isto, não é onipotente como, às vezes, queremos acreditar.
Eduardo Nascente Guimarães
Design Gráfico – Noite
A conversa de Luiz Gustavo Linhares (publicitário em meio aos designers na Torchetti) sobre o assunto "Brand Gap" (a aula foi uma tradução adaptada da palestra do designer Marty Neumeier, autor do livro homônimo) foi, talvez, a mais agradável até agora. Com boa oratória, o palestrante conseguiu cativar os espectadores e segurar a atenção de todos.
O que o Linhares veio discutir foi o conceito "Brand Gap", como o nome da palestra mesmo já dá a dica. Essa "gap" é o espaço existente entre o mercado e a criação (no caso, nós, designers). A brand gap é uma forma de estratégia que visa diminuir esse espaço, direcionado ao branding.
Buscando a confiança do consumidor, a criação deve seguir alguns passos a fim de alcançar esse objetivo. São eles: diferenciar, colaborar, inovar, validar, cultivar. Seguindo esses passos cuidadosamente, as chances da equipe de criação conseguir diminuir essa "gap" é bem maior.
Felipe de Paula Ambrosio
Design Gráfico - Manhã
Na universidade acabamos enxergando o processo de construção de uma marca muito pelo viés do sistema de identidade visual. Por mais que seja um aspecto relevante, é sempre bom ter alguém para nos lembrar que uma marca é na verdade uma sensação, e que existem muitos outros fatores envolvidos além da sua configuração visual - e tão (ou bem mais) importantes quanto.
Entretanto, existe um ponto que sempre me chama a atenção nesses processos e que inclusive motivou minha pergunta após a palestra. Especialmente no design gráfico, vejo muita energia voltada no sentido de lapidar a retórica, vender o projeto, justificar procedimentos. Por outro lado, percebo um esforço quase nulo em medir os impactos reais dessas ações após sua concretização - e acredito que esssa seja também uma das causas de reclamarmos tanto da famigerada "desvalorização do design".
Pouco importa para muitos se realmente funcionou, vender a promessa já é suficiente. Mas para o cliente já não é bem assim, não é? Para valorizar, ele precisa ver acontecendo, e cabe a nós também ajudar a identificar esse feedback.
Há um despreparo para acompanhar esse momento pós-projeto (que é tão importante quanto todas as outras etapas), mas são justamente essas métricas que garantem a eficácia ou não do nosso trabalho. Menos discurso e mais resultado, talvez o grande gap esteja aí.
Deborah Grandinetti
Design Gráfico - Manhã
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