
A palestra “Design e Mercado Local” aborda os resultados da pesquisa de mestrado do autor e relaciona as percepções do mercado empregador de profissionais de Design de Belo Horizonte com os rumos do ensino de graduação.
Palestrante:
Breno Pessoa é mestre e especialista em Educação Tecnológica e graduado em Desenho Industrial pela Universidade do Estado de Minas Gerais. Atua no campo do Design Gráfico a aproximadamente 9 anos, trabalhando com mídias digitais, educação a distância e design editorial. Atualmente leciona na Escola de Design da Universidade do Estado de Minas Gerais e na Faculdade CIMO (Centro Integrado de Moda).
Contato: brenops@gmail.com
Indicação bibliográfica:
BONFIM, Gustavo A. Idéias e formas na história do Design: uma investigação estética. João Pessoa: Ed. Universitária UFPB, 1998, 185p.
BONSIEPE, Gui. Tecnologia da Tecnologia. Editora Edgard Blücher, São Paulo, 1983. ADG Brasil Associação dos Designers Gráficos, 2003.
______.DESIGN: do material ao digital. Florianópolis: FIESC/IEL. 1997
______.Ministério da Educação e do Desporto. Lei n° 9.394 de 20 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília,1996.
______.Ministério da Educação e do Desporto. Diretrizes Curriculares Nacionais dos cursos de graduação em Direito, Ciências Econômicas, Administração, Ciências Contábeis, Turismo, Hotelaria, Secretariado Executivo, Música, Dança, Teatro e Design. CES/CNE 0146/2002. Brasília, 2002.
DE MORAES, Dijon. Limites do design. São Paulo: Studio Nobel, 1999.
______.Análise do design brasileiro: entre mimese e mestiçagem. São Paulo: Edgard Blücher, 2006.
DIAS, Maria Regina Álvares Correia. História do ensino do design. Florianópolis. 2004. Monografia apresentada como requisito para a conclusão de curso no programa de Pós- Graduação em Engenharia de Produção da Universidade Federal de Santa Catarina.103
LAPÉR A. Márcio. História da Fundação Mineira de Arte Aleijadinho – FUMA. Belo Horizonte. 1991. Monografia apresentada como requisito para a conclusão de curso no programa de Pós-Graduação Desenho Industrial da Fundação Mineira de Arte Aleijadinho – FUMA.
NIEMEYER, Lucy. Design no Brasil: origens e instalação. Rio de Janeiro : 2AB, 2000. 3 ed.
______.A organização profissional de designers no Brasil. Rio de Janeiro: Estudos em Design, v.7, n1, 1999, p.67-77.
OBERG, Lamartine. Comunicação pessoal à autora. 09 jan. 1995. Rio de Janeiro. apud NIEMEYER, Lucy. Design no Brasil: origens e instalação. Rio de Janeiro : 2AB, 2000. 3 ed.
OWEN, Charles. Design Education and Research for the 21st Century. Design Issues 7, No.2, 1991.
______.Design research: Building the knowledge base. Design Studies 19, No.1, Janeiro de 1998.104
REIS, Lousane Aparecida Alves dos. O perfil do profissional designer gráfico recém formado na Universidade do Estado de Minas Gerais. Belo Horizonte. 2002. Dissertação apresentada como requisito para a conclusão de curso no programa de Pós-Graduação Stricto-sensu da Universidad Nacional de Educación a Distancia - UNED.
WITTER, Geraldina P. Desenho industrial: uma perspectiva educacional. Brasília: Arquivo do Estado de São Paulo e CNPq, 1985, 130p.
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WITTER, Geraldina P. Desenho industrial: uma perspectiva educacional. Brasília: Arquivo do Estado de São Paulo e CNPq, 1985, 130p.
5 comentários:
O professor Breno Pessoa ministrou a palestra sobre Design e Mercado Local que é um assunto muito interessante para os profissionais da área. Foram abordados tópicos sobre a formação e atuação do profissional de Design Gráfico em Belo Horizonte e seu mercado de trabalho. Hoje está cada vez mais freqüente a presença de profissionais graduados e graduandos nas empresas, mas ainda carecemos de pessoas que atendam as especialidades ligadas as funções de Design Gráfico. Também foi abordado que, algumas dessas empresas em sua rotina de trabalho, muitas das vezes ignoram o conhecimento ligado aos métodos de representação do design em relação ao trabalho de pesquisa e conceituação, isso acaba atrapalhando o processo criativo dos projetos.
O ensino tecnológico trouxe novas soluções, oportunidades e questionamentos. Um número de egressos crescente está criando um cenário cada vez mais competitivo no mercado de trabalho, mas talvez desqualificado. A apresentação do profissional para o mercado ainda carece de alguns detalhes como portfólios que não são explicativos e dificultam o entendimento das empresas na hora da contratação, as pesquisas que ainda se limitam apenas a internet, especialização, dentre outras questões. Esse mercado cresce a cada dia, mas ainda estamos com poucos canais de comunicação entre o empregador, as academias e os profissionais.
DG M 8˚ P
Através da pesquisa de Breno Pessoa, puderam-se constatar diversos aspectos do mercado de trabalho relacionados ao designer gráfico. Esse profissional ainda é pouco selecionado através de processos e serviços fornecidos pelos Recursos Humanos. Essa procura acontece através dos contatos entre pessoas relacionadas ao meio do design gráfico. Assim, a maioria das vagas é preenchida por indicação, o que comprova a falta de divulgação das mesmas. Outra observação muito importante é a quantidade de cursos de design que têm crescido absurdamente desde 1995, esse fator que resulta na alta competitividade do mercado, também demonstra a desqualificação desses profissionais. É necessária uma alta qualificação da empresa que fornece esse tipo de serviço para que ela se destaque e permaneça no mercado. A formação de uma empresa também é um ponto relevante. Quando se deixa de ser empregado para coordenar seu próprio negócio. O designer gráfico é muito instruído para realizar uma ação, criar um layout, produzir uma marca, ter habilidades técnicas relacionadas à criação e à produção. Mas quando se abre uma empresa, conhecimentos empresariais são fundamentais para que a estabilidade da mesma seja conseqüência de uma boa administração. A ética, a transparência, a disciplina, um bom networking e o comprometimento com os clientes e funcionários são essenciais para atingir o sucesso em um escritório de design.
Em sua pesquisa sobre o mercado empregador do designer gráfico em Belo Horizonte, o professor Breno Pessoa colocou em contato a Academia e seu novo projeto pedagógico, o mercado incluindo agências de publicidade e escritórios de design e as pessoas responsáveis pela contratação para o preenchimento das vagas oferecidas.
Por meio de um questionário feito à essas pessoas e instituições a pesquisa obteve resultados importantes para nortear os designers que se preparam para o ingresso no mercado.
Um ponto importante foi o questionamento sobre a área de atuação das empresas em que a resposta foi de uma variedade muito grande de modalidades, mostrando que o mercado se apresenta cada mais segmentado. Assim exige-se, do designer, cada vez mais um conhecimento específico de uma determinada área.
É muito relevante na pesquisa também a valorização dada, tanto pela academia quanto pelo mercado, ao conhecimento relacionado à pesquisa e conceituação em relação ao conhecimento de execução. Isso se deve à oferta dos dois perfis de profissionais, mas também ao que se espera encontrar em um designer. O mercado espera profissionais atualizados, com um certo conhecimento sobre variados tipos de assunto, até mesmo pela multiplicidade de clientes nos mais diversos ramos de atuação no mercado.
Outros pontos identificados pela pesquisa dizem respeito aos métodos de seleção dos candidatos às vagas e ao número cada vez maior de graduados no mercado.
Não existe um padrão no processo de seleção dos profissionais, cada empresa usa seu próprio método, o que muitas vezes não escolhe o candidato mais apto e com o perfil esperado.
O grande número de profissionais que dão entrada no mercado hoje aumenta a competitividade pelas vagas oferecidas, contudo ainda não se tem um conhecimento sobre a qualidade desses candidatos.
Essa pesquisa é de grande importância para nortear a nós graduandos no que diz respeito às exigências das empresas. Nos dá um base de um caminho a ser seguido, um base do que esperam de nós no mercado aí fora.
O professor Breno Pessoa abordou principalmente a relação entre o profissional de Comunicação e as empresas que o contratam. A palestra é baseada na pesquisa de mestrado do professor, e mostra alguns resultados de muita utilidade, tanto para o profissional individualmente quanto para as empresas. Pela grande amostragem de dados, as respostas foram muito variadas, mas suficientemente coerentes para serem traçados paralelos de comparação. O que chama atenção à pesquisa do professor, são os meios de contratação, ou seja, a que realmente é dado valor no mercado profissional, e como as novas tecnologias têm afetado as interações desses dois mundos. Em um estudo mais pontual da pesquisa, o professor relatou casos recorrentes de pessoas que usam portfólios de outros profissionais, colocando em questão o processo de seleção das empresas. Ao mesmo tempo, é traçado um estudo comparativo que mostra um aumento absurdo das escolas particulares de Design pelo Brasil. Baseado nesse aumento muito intenso, conclui-se que o método de seleção de uma empresa não deve se pautar somente no currículo acadêmico formal. De qualquer maneira, o estudo do professor mostra que, hoje em dia, com a oferta vasta de profissionais, esse método de seleção se torna mais completo, exigindo maior preparação do Designer, inclusive nesse aspecto.
O prof Breno em sua palestra da sua dissertação de mestrado, falou sobre a relação o ensino do design, o mercado empregador de Belo Horizonte e mostrou dados relativos à pesquisa feita com este mercado.
Uma das contribuições da palestra neste momento, foi para os alunos que estão se formando agora, com informações importantes sobre como o mercado analisa se profissional é bom e qualificado para o cargo de designer, quais os processos de seleção dentro da empresa, quais competências mais relevantes do profissional, auxiliando assim, o designer que está saindo da faculdade, adequar-se às exigências do mercado,aumentando suas chances de conseguir um bom emprego.
Os processos de seleção, como mostra a pesquisa, se dão de diversas formas, como análise do portfólio, perfil do entrevistado, diploma, etc. As competências mais importantes, são habilidade em pesquisa e conceituação, ou seja, não basta somente uma boa capacidade projetual. O perfil mais procurado é de pessoas pró-ativas, com atitude de resolver as coisas. E o profissional deve ser multidisciplinar, buscando conhecimentos além do design. Estes foram alguns pontos abordados na palestra.
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