A palestra “A construção e manutenção da identidade corporativa da empresa Quantum Design Integrado” abordou as particularidades da criação e manutenção de um planejamento estratégico voltado para uma empresa de Design Gráfico e Design de Produto, a partir das mudanças ocorridas interna e externamente.Palestrantes:
Isabelle Maluf Fernandes, Especialização em Gestão de Marcas e Identidade Corporativa pela PUC MINAS, Designer Gráfica formada pela UEMG, Artista Plástica formada pela UFMG.
Sócia Diretora da Quantum Design Integrado. Atua na gestão da marca da empresa, tendo como objetivo a construção da boa reputação.
Contato: isabelle@quantumdesign.com.br
Indicação bibliográfica:
AAKER, David A., JOACHIMSTHALER, Erich A. Como construir marcas líderes. Porto Alegre: Bookman, 2007.
KOTLER, P. Administração de Marketing. São Paulo: Prentice-Hall 2000.
TAVARES, M.C. A força da marca. Como construir e manter marcas fortes. São Paulo: Editora HARBRA. 1998.
9 comentários:
A palestrante Isabelle, da agência Quantum, em sua exposição sobre o papel do planejamento estratégico e gerencial na atividade do designer, enfatizou a importância da associação com empresas parceiras. Segundo ela, a parceria estratégica de um escritório de Design com determinadas entidades é capaz de trazer benefícios de longo prazo para ambas as partes, constituindo uma rede de relações profissionais pontuadas pela confiabilidade, fidelidade e cooperação.
Tome-se o caso da parceria com um pequeno empresário. Uma vez firmada a cooperação entre designer e empreendedor, o primeiro tem a possibilidade de, numa atuação contínua junto à atividade do cliente, estudar e projetar meios de otimizar os processos produtivos e alavancar as vendas. No primeiro caso, a intervenção do designer resultaria, por exemplo, em menor tempo de produção do produto/serviço, redução de desperdícios e consequente retorno financeiro ao empresário. No segundo caso, o designer assume o papel de parceiro que, ao requalificar a imagem de seu cliente – seja através de identidade corporativa, rótulos ou embalagens, auxilia no crescimento e consolidação do público consumidor.
O designer, por sua vez, em tal modelo de parceria, pode se beneficiar ao receber royalties sobre o aumento das vendas de seu cliente, e ainda tornar-se profissional de referência para o empreendedor, tanto para dar continuidade aos trabalhos desenvolvidos junto a ele quanto para futuros projetos de outras empresas. O mais significativo, contudo, é a aliança de fidelização e reconhecimento formada entre os profissionais desta rede colaborativa.
Assistir à trajetória da empresa Quantum foi muito positivo e enriquecedor, sobretudo por ter a equipe com formação na Escola de Design; foram muito esclarecedoras as palavras da palestrante Isabelle e fizeram entender a complexidade de uma empresa e as diversas áreas que são imprescindíveis para o seu funcionamento, como Marketing, Finanças, Atendimento e outras, logo, um novo empreendimento deve ser muito bem planejado. Ficou claro que para obter sucesso com o próprio negócio não adianta saber só Design, mas a fala da Isabelle e da Professora Samantha foram bastante motivantes.
Em certo ponto da palestra foi comentado pela turma a nova lei para Empreendedores Individuais como alternativa para o empreendedorismo; procurei o Sebrae esta semana para saber mais sobre a lei e na verdade ela não é interessante para nós; primeiramente ela exclui qualquer tipo de trabalho intelectual e de base tecnológica, tanto na prestação de serviços quanto na produção de produtos, assim todas as atividades de Design são vetadas, fica claro pela lei que o Empreendedor Individual não poderá construir sites, portais ou qualquer ferraamenta a ser utilizada pela internet; outras atividades como edição de vídeo, animação, criação de logotipos, diagramação de revistas e livros são proibidas, enfim, todas as atividades de Design. Pela lei o Empreendedor Individual não é obrigado a emitir nota fiscal para pessoa física, mas, para empresas o documento é obrigatório e assim é necessário descrever todo o serviço prestado.Entretanto, atividades como captura de imagens (fotografia e filmagem) são permitidas, mas nesse caso o Empreendedor Individual não pode editar ou fazer qualquer trabalho com a imagem; essa atividade foi incluída para ajudar profissionais que prestam serviços de filmagem e fotografia para empresas, por exemplo, um freelancer que filma um evento e entrega as imagens para a produtora que o contratou, esse profissional vai emitir uma nota fiscal com a seguinte descrição "captura de imagens". Além disso, a lei não permite a contratação de estagiários e o Empreendedor Individual poderá ter no máximo um empregado em regime CLT com um salário mínimo ou piso da categoria. Para aqueles que aderirem e se arrependerem terão que passar pelo processo normal de fechamento de firma, pagando as mesmas taxas que uma micro empresa paga, por isso é bom avaliarantes, o novo projeto é indicado para eletricistas, encanadores, tatuadores, pedreiros e etc.
Segundo SEBRAE, as micro e pequenas empresas (MPEs)respondem a 98% das empresas, 67% das ocupações e 20 % do PIB. Afirma tambémque 29% dessas empresas fecham em seu 1º ano de atividade e 56% não completam o 5º ano de vida.
Diante deste cenário desolador, a incubadora da ESCOLA DE DESIGN DE MINAS GERAIS através de suas empresas incubadas, estimula projetos de inovação tecnológica integrando as áreas do DESIGN gráfico, de produto e de ambiente. Ela disponibiliza também espaço apropriado e condições efetivas para abrigar idéias inovadoras e transforma-las em empreendedorismo de sucesso. A ESCOLA DE DESIGN a partir de suas empresas incubadas contribui para a inserção do design como estratégia de negócio nas empresas e não como algo efêmero, elitizado e caro.
Ao contrário do que se tem na cabeça, 3 ou mais amigos designers + 2 ou 3 computadores e uma sala, não é igual, necessariamente, a uma empresa de sucesso. O sonho de se tornar empreendedor e ser dono do próprio negócio vai além desses insumos iniciais, como mostrou Isabelle, sócia diretora da Quantum Design Integrado. Como ela mesma afirmou, hoje cabe a nossa profissão enquanto designers, não apenas dominar as competências do design, mas saber aliá-las a outros conhecimentos e habilidades, como o marketing e adimistração, a fim de delimitar o que se denomina planejamento estratégico do design corporativo.
E de maneira positiva, como foi com a Quantum, a incubadora da ED, apoia e contribui para a construção e desenvolvimento dessas estratégias, assim como para a inserção do design nas MPE's. O resultado é uma atuação efetiva no planejamento e crescimento delas no mercado e a utilização do design como diferenciador competitivo. É importante lembrar que a consolidação de uma empresa no mercado envolve também a construção de parcerias que agreguem força, qualidade e credibilidade fidelizando clientes e ampliando os horizontes de crescimento e estabilização da nova empresa.
Então, se no início a equação designers, computadores e sala não resultavam em uma empresa de sucesso, vale refletir se então bom design somado a planejamento e estratégia, não seriam o começo para quem busca um bom resultado para o primeiro negócio.
Muito esclarecedora a palestra da Msc. Samantha sobre o funcionamento da incubadora de empresas da ED, fico orgulhoso em perceber esse amadurecimento da nossa faculdade com relação a preparação dos alunos para o mercado real de trabalho não apenas como funcionários, mas também como gestores do seu próprio negócio. Iniciar uma empresa não é nada fácil e todo apoio que se possa ter é sempre bem vindo.
É muito louvável ter o próprio negócio e contribuir para a produção de riquezas da sociedade, é essa a função do empreendedor numa primeira análise. Criatividade, determinação e vontade de crescer são atitudes indissociáveis ao bom empreendedor, mas não exclusivas dele. Atividades como Design, Arquitetura, Artes Plásticas, Letras, Publicidade entre outras têm uma associação muito estreita com tais atitudes desde sua origem. Acredito na possibilidade do empregado criativo, que se importa com a empresa, conheça os processos e não que tenha medo de errar, para tal a empresa deve tratá-lo não como empregado, mas como profissional. Quantas pessoas são infelizes em seus empregos simplesmente por terem errado na escolha ou por trabalhar com patrões carrascos que se julgam ótimos empreendedores?
Existe uma associação errada e muito direta entre dinheiro e felicidade, muitos pensam que se tornando empresários serão ricos e felizes quando o que percebemos hoje é uma reavaliação de valores necessários para a felicidade, onde pessoas bem sucedidas e com bons salários podem, por exemplo, observar um jardineiro trabalhando e pensar que poderiam ser mais felizes no lugar dele.
Não critico o empreendedorismo, seria muita ignorância de minha parte, não me entendam mal, eu mesmo tentei ser um empresário, mas não procurei os canais certos, não encarei como um estudo e não obtive sucesso, não me envergonho em expor a situação e pretendo tentar novamente com melhores orientações, é claro. Estou fazendo observações sobre certas imposições sociais que nos são apresentadas como ameaças do tipo: “se você não for um empresário, não será nada na vida,” ou quando falamos do erro como a pior coisa que pode acontecer na nossa vida profissional, somos ensinados que a faculdade é o lugar para errar depois disso o erro não é permitido... O próprio empreendedorismo contradiz essa prerrogativa.
Deveríamos ser orientados em perceber a infinidade de caminhos proporcionados pela nossa profissão, e que o erro é pelo menos uma forma de mostrar que estamos tentando fazer algo inovador.
Aos que quiserem ser empresários, todo o sucesso na empreitada, aos demais, idem. Só por curiosidade, quem aqui gostaria de trabalhar na PIXAR ou na APPLE levante a mão.
A palestra, que teve como foco o planejamento estratégico para as empresas de design, possibilitou a todos ter o conhecimento de como é fundamental elaborar uma boa estratégia para seu negócio. Questões como definição de metas e objetivos, visão, as ferramentas de gestão e enfoque no serviço foram expostas demonstrando que são imprescindíveis para a estruturação de uma empresa.
Segundo Isabelle, designer e sócia da agencia Quantum, no curso de graduação em design não temos uma abordagem mais direta de gestão, uma área necessária a todo e qualquer profissional, visto que o mercado atual requer esse conhecimento. Um bom planejamento estratégico é fundamental na consolidação de uma empresa, seja ela em qual área for.
Isabelle também tratou do tema Incubadoras que prestam serviços em todas as áreas para atender às demandas das micro e pequenas empresas viabilizando técnica e economia na inserção de novos produtos no mercado. Mostrando que as empresas design, além dessa realização atuam na produção e no marketing.
Elas contribuem com os novos profissionais da área do design facilitando, de certo modo, a inclusão desses no mercado de trabalho, estabelecendo parcerias e evidenciando a infinidades de possibilidades de serviços prestados pelo profissional do design.
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